domingo, 10 de junho de 2012

Análise da música Ultimo pau de arara - Luíz Gonzaga


Se percebe claramente nessa letra que o nordestino tem um amor incondicional a sua terra natal... a vida aqui só é ruim..., só abandonando-a em momento em que a sua própria existência é posta em risco ... enquanto a minha vaquinha tiver a pele e o osso..., mesmo com todas as situações conflitantes, adversas que enfrenta com a seca, que castiga a terra e os homens há tanto tempo, o nordestino busca forças em sua fé (reza, faz promessa e procissão para chover no sertão), o nordestino acredita até o último momento que poderá surgir uma solução, nesse caso seria a chegada das chuvas... mas se chover dá de tudo fartura tem de montão..., por este motivo o nordestino procura superar essas intempéries acreditando sempre que amanhã a chuva virá e será um dia melhor para o sertão nordestino, enquanto for possível o nordestino aquentar ele não deixa o Nordeste, ele luta e vai sofrendo as suas agruras, mas vai ao mesmo tempo se tornando cada vez mais forte com a adversidade da seca, por isso o nordestino afirma com convicção, como já está inscrito no próprio título da música que está sendo analisada... só deixo o meu Cariri no último pau-de-arara... . Essa é uma realidade do povo nordestino, que mesmo nas condições menos favoráveis, consegue forças para enfrentar a adversidade da seca e da vida no sertão, para continuar lutando e acreditando em dias melhores.

Análise da música Paraíba - Luiz Gonzaga

Essa letra faz referência a história do retirante nordestino que quando chegava a seca no sertão ia para as grandes metropoles em busca de melhores condições de trabalho,muita vezes, deixando pra trás mulher e filhos. Assim, as mulheres precisavam trabalhar para manter a família, sendo verdadeiras “mulheres-macho”,suportando as condições da seca e da fome, lutando pela própria sobrevivência e pela sobrevivência dos filhos, chefiando a família enquanto aguardavam a volta de seus maridos.

Último Pau de Arara (Luíz Gonzaga)



Último Pau de Arara

Luíz Gonzaga

A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara meu Deus tomara
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara (bis)
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui
Que deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara (bis)





Paraíba (Luíz Gonzaga)



Paraíba

Luíz Gonzaga

Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou
Quando o Ribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita pau pereira
Que em princesa já roncou
Eita Paraíba
Muié macho sim sinhô
Eita pau pereira
Meu bodoque não quebrou
Hoje eu mando
Um abraço pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Quando a lama virou pedra
E Mandacaru secou


Quando arribação de sede
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
Carregando a minha dor
Hoje eu mando um abraço
Pra ti pequenina
Paraíba masculina,
Muié macho, sim sinhô
Eita, eita